
Frankenstein ou O Prometeu Moderno, a criatura e Mary Shelley
No romance “Frankenstein ou o Prometeu moderno“, a criatura passa todo o período
de existência perseguindo sua alteridade, em vão. Desde a sua construção a partir da junção
das partes de diferentes corpos indigentes, até o momento em que confronta sua condição de
pária social balizada por seu criador, o caminho percorrido passou pelo domínio do verbo. Se
o seu criador lhe havia proporcionado um corpo, foi a composição de uma narrativa própria
que lhe garantiu subjetividade, conforme mostra o romance.
Nos últimos anos, através desta tríade, venho me dedicando às investigações sobre o ato de criar. No meu caso, criar arte e design. Neste movimento investigativo, a busca pela configuração da matéria e pela construção de uma poética faz encruzilhada com a tentativa de conversar com os silenciados.
A Criatura, escultura em papel, vista acima, é o primeiro resultado desta investigação, juntamente com a minha dissertação de mestrado, que pode ser conferida nos links ao lado.